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Foi como se ele tivesse sido atingido por
uma bala imaginária, que o dilacerou. A tensão aumentou exponencialmente dentro
de si e a reserva de fúria que guardava no seu âmago ameaçou fervilhar até à
explosão final.
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- Sabes que o cerco está a apertar-se e em
breve terás de contar-me tudo sobre ti, certo?
Ele gemeu na sequência de um suspiro
doloroso.
- Eu sei. Quem me dera não ter de o fazer.
Dava tudo ser apenas eu, sem mais nada envolvido, e poder estar simplesmente
contigo sem que o Céu ameaçasse cair na Terra…
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- Vês como é fácil? Só tens de deixar fluir
o romance entre o pincel e a tela.
Marina escutou-o com atenção. Não conseguiu
deixar de pensar que a metáfora se podia aplicar a eles: ele era o pincel, e
ela, a tela - bastava deixar que as coisas fluíssem entre eles.
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