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- Podes ter-te perdido, mas, se quiseres,
não me importo de ser o farol que te guia na noite escura.
Ouvir aquilo aprouve - e muito – ao rapaz.
Tê-la ali, a murmurar aquelas frases sinceras sem saber que riscos teria de
enfrentar, fugia a toda a lógica. Era como pedir a um cordeiro que fosse de
livre vontade para o matadouro. No entanto, não podia deixar de rejubilar com
isso. Era egoísta...
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Os seus rostos assumiram expressões mais
carregadas devido ao peso que a emoção do adeus acarretava. Marina aproximou-se
dele, mas para quê? Não era nenhuma oferecida. Era uma pessoa racional e não
iria fazer nada de que se arrependesse, certo? Mesmo assim, o coração tentava
sobrepor-se com urgência à razão. Queria que ele fosse arrojado e a beijasse;
quase sentia o corpo implorar-lhe que o fizesse. Queria dominar-se, mas não
conseguia.
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