sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ebooks!


Hoje dei em doida: fui ao site da Amazon e fiz download de quarenta e dois e-books grátis, cuja sinopse me agradou. É verdade, já tenho imensos livros para ler, dar a minha opinião e entrevistar o respectivo autor, mas o que posso dizer? Não tenho emenda, lol! Sou viciada em livros!
Vou tentar não me “voluntariar” para receber muitos e-books nos próximos tempos, de modo a acabar aqueles que me comprometi a ler, e depois tentarei então ler estes.
Entre tanta leitura, pergunto-me onde vou arranjar tempo para escrever os meus próprios livros… Acho que vou ter que criar um calendário, tipo: ler à noite de 2ª a 5ª feira; escrever de 2ª a 5ª à tarde. O problema é que não consigo cumprir para com o mesmo, pois estou sempre a fazer críticas e entrevistas e a traduzi-las para o blogue. Enfim, veremos o que se pode fazer. Como se costuma dizer, “entre mortos e feridos, algum há-de escapar”.

Today I was nuts: I went to the Amazon website and downloaded forty-two free e-books, whose synopsis pleased me. Yes, I already have many books to read, review and interview its author, but what can I say? I have no amendment, lol! I'm addicted to books!
I'll try not to "volunteer" to receive many e-books in the near future, in order to finish those I committed myself to read, and only then I’ll try to read these.
Among much reading, I wonder when I’ll have time to write my own books... I think I'll have to create a calendar, like, reading every night from Monday to Thursday, and writing in the same days although in the afternoon. The problem is I can’t stick to this agenda, because I'm always writing reviews and interviews and translating them for my blog. Anyway, let’s see what can be done. Like the saying goes, "Amoung the dead and the wounded, some will escape."

Lista de livros de que fiz download | List of books I downloaded
Thicker than Water (Blood Brothers), by Greg Sisco
Changeling Moon, by Dani Harper
Watcher’s Web, by Patty Jansen
Unlikely Angel, by Janice Ivy
Crude Sunlight, by Philip Tucker
Anathema (The Casual Enchantement Series) , by K.A. Tucker
The Gossamer Gate, by Wendy E. Callahan
Grey Eyes – Book 1 The Forever Trilogy, by Brandon Alstone & Quinteria Ramey
Haunting Grace – Beyond Time Series, by Elizabeth Marshall
Untraceable – The Nature of Grace Series, by S.R. Johannes
The Last King’s Amulet – The Price of Freedom, by Chris Northern
The Gifts – Book 1 The Gifts Trilogy, by Patria Dunn-Rowe
Starfire Angels – Dark Angel Chronicles Book 1, by Melanie Nilles
Jenny Pox – The Paranormals Book 1, by J.L. Bryan
Marked (Soul Guardians, Book 1), by Kim Richardson
The Soulkeepers (The Soulkeepers Series), by G.P. Ching
Mortal Ghost, by L. Lee Lowe
The Book of Deacon, by Joseph Lallo
Beautiful Demons – Peachville High Demons 1, by Sarra Cannon
The Vampire Club, by Scoot Nicholson & J.R. Rain
Endurance – A Novel of Terror, by Jack Killborn & J.A. Konrath
Origin, by Jack Killborn & J.A. Konrath
Horror Stories, by Jack Killborn & J.A. Konrath
The Awakened – Book 1 , by Jason Tesar
Forty-four, by Jools Sinclair
The Trouble with Spells (Of Witches and Warlocks), by Lacey Weatherford
Diary of a Vampeen (Vamp Chronicles), by Christin Lovell
Frankenstein, by Mary Wollstonecraft Shelley
Thirst (Ava Delaney # 1), by Claire Farrell
Hollowland (The Hollows #1), by Amanda Hocking
Kiss Me Deadly, by Michele Hauf
Promise (Soul Savers), by Kristie Cook
Eye of the Witch (Detective Marcella Witch’s Series), by Dana Donovan
Heku (The Heku Series – 1 ), by T.M. Nielsen
Valle (The Heku Series – 2), by T.M. Nielsen
Dimension Shifter, by T.M. Nielsen
Child of the Ghosts, by Jonathan Moeller
Sojourner (Sojourner Series - Book 1), by Maria Rachel Hooley
The Vampire’s Warden – A Paranormal Romance (Undead on Brown County 1), by S.J. Wright
The Warlord’s Secret, by Lizzy Ford
Eternal Eden (Eden Trilogy – Book 1), by Nicole Williams

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Entrevista| Interview: Karen Pokras Toz


Depois de ter passado os últimos anos a trabalhar como contabilista, Karen Pokras Toz descobriu a sua paixão pela escrita. Em Junho de 2011 publicou a sua primeira história para crianças, intitulada “Nate Rocks the World”, e encontra-se agora a trabalhar no segundo volume da série. Conheça um pouco melhor esta autora que cresceu em Orange (Connecticut, EUA) e gosta de jardinar, cozinhar e passar algum tempo de qualidade com o seu marido e três filhos.

Como nasceu "Nate Rocks the World" (“Nate Rocks Agita o Mundo”, em Português)?
Criei Nate Rocks quando notei que os meus dois filhos (com 12 e 9 anos na época) estavam a perder o interesse pela leitura. Pensei então "como é isto possível"? Eu gostava de ler quando era criança, mas no mundo de hoje há várias distracções: jogos de vídeo, computadores, televisão e por aí fora. Decidi escrever um livro que as crianças gostariam de ler, engraçado e cheio de acção, sobre um miúdo comum que faz coisas extraordinárias. Através de Nate Rocks ensino às crianças que não têm que ser um super-herói para realizar grandes feitos.

O seu livro está escrito do ponto de vista de uma criança. Como foi colocar-se na pele de “Nate”?
Estar na pele do Nate era (e continua a ser) muito divertido! Quando comecei a escrever, contratei um treinador de escrita para me guiar mais ou menos ao longo da concepção da história, dado que este foi meu primeiro projecto. O livro era um romance de ficção adulta (que ainda tenho que publicar). Esforcei-me bastante, mas o treinador dizia-me que tinha a voz de uma criança e não a de um adulto. Finalmente, pensei para comigo: porque não escrevo um livro infantil então? Sentei-me para escrever “Nate Rocks the World” e o diálogo e as aventuras saíram-me naturalmente; senti-me como se estivesse a viver tudo o que estava a escrever. Acho que penso como uma criança de dez anos!

Disse que foi fácil para si escrever este livro, dado que consegue pensar como uma criança de dez anos. Qual foi a parte mais difícil então?
Ter tempo para escrever foi e continua a ser a parte mais difícil para mim. Entre filhos, marido, casa, trabalho e marketing, às vezes não tenho tempo para escrever. Quem me dera ter tempo todos os dias, mas nem sempre as coisas funcionam assim. Tento arranjar algumas horas durante a semana. Se não escrevo, fico um pouco aborrecida… e ninguém quer uma Karen aborrecida (principalmente os meus filhos!).

Que feedback recebeu de quem leu o seu livro até agora? E os seus filhos, atingiu o seu objectivo e eles lêem mais?
Tenho recebido imenso feedback tanto de adultos como de crianças, embora o último seja o meu preferido. Algumas crianças até me enviaram fotos deles com o livro, pelo que comecei a colocá-las online no meu site; assim, podem ver as suas caras sorridentes aqui: http://www.karentoz.com/meet-the-kids.html. Quanto aos meus filhos, continuam a preferir jogos de vídeo em vez de ler, embora estejam a ler mais fora do designado trabalho escolar; em geral, parecem mais entusiasmados quanto à leitura.

Tem mais aventuras planeadas para o Nate?
Sim! Estou a terminar o segundo volume da série “Nate Rocks”, com novas e excitantes aventuras! O livro chama-se “Nate Rocks the Boat” (“Nate Rocks Agita o Barco” em Português) e espero fazê-lo chegar ao público na Primavera.

Tem editora ou publica por si mesma?
Publico por mim mesma, sob a chancela da Grand Daisy Press,que é a minha própria marca de editora. Quem sabe, talvez um dia aceite outros escritores, mas por agora sou só eu.

E quais são os seus planos para o futuro?
Espero escrever pelo menos mais um livro da série do Nate Rocks. Tenho algumas ideias para outra saga que estou a desenvolver e, claro, ainda tenho aquele meu primeiro livro no meu computador à espera de alguma atenção.


Não se esqueça: “Nate Rocks the Boat” deve sair já na Primavera. Continue a seguir o trabalho da Karen através dos seguintes links:

Barnes & Noble: http://bit.ly/uviYpn

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Opinião| Review: "Nate Rocks the World"

Acabei de ler “Nate Rocks the World” dia 15 de Dezembro de 2011 e dou-lhe 4 estrelas.
Esta é a história de Nathan Rockledge, um rapazinho de 10 anos que tem uma imaginação muito fértil. Para ele, tudo é pretexto para a criação de uma elaborada aventura mental, acompanhada de muitos rabiscos à mistura.
É uma narrativa um pouco diferente, na medida em que parece que não existe uma história específica, mas sim várias que irão culminar num ponto-chave. É-nos contada a vida de Nathan, não dia-a-dia, mas seguindo os episódios mais importantes que se sucedem no calendário até se chegar à desejada viagem de férias à Florida.
Não é um género literário que costumo ler com frequência, mas gostei. Agradaram-me particularmente as reflexões que o Nate faz acerca de certos episódios e que retratam a inocência infantil. A título de exemplo (e sendo um pouco spoiler), o Nathan diz que ainda não percebeu porque é que o pai continua a dar jóias à mãe no Natal, se ela chora sempre; já devia ter percebido que isso a deixa triste. Lol! Este género de piadas remete-me para “As Aventuras do Menino Nicolau” (“Le Petit Nicolas”), de René Goscinny e Jean-Jacques Sempé. Para quem não conhece, a personagem do Menino Nicolau nasceu nos anos 50, primeiro em jornal e só depois passou para livro. Esta é uma criança que nos conta a sua vida (disputas, conversas com os amigos, relação com o professor, etc) de acordo com o seu ponto de vista e numa linguagem muito própria. Neste aspecto, achei ambas as histórias se aproximavam, por isso quem gosta de uma, deve gostar da outra =)
Também me agradou o que aconteceu no fim: o Nate tornou-se no herói que sempre imaginou ser – foi como um sonho tornado realidade. Tenho apenas a apontar que acho que o final podia ter sido um pouco mais desenvolvido indo, por exemplo, até ao final das férias, só para completar o ciclo.



I finished reading "Nate Rocks the World" on 15th December 2011, and I give it a four-star rating.
This is the story of Nathan Rockledge, a ten-year-old boy, who has a very fertile imagination. For him, everything is a pretext for an elaborate mental adventure, accompanied by many written doodles and scribbles.
This is a narrative a little different since it seems that there isn’t about a specific story, but there are several run parallel to each other and merge together at one key point. We chronologically follow Nathan's important milestones in his life up until he goes on a much-desired vacation to Florida.
This book is a genre I seldom read, but I liked it. I particularly liked Nate’s reflections about certain episodes, which illustrated the childhood innocence. For example (this is a little spoiler), Nathan says he doesn’t understand why his father keeps on giving jewelry to his mother at Christmas if she cries every time and that he should have realized by now that it makes her sad. Lol! This reminded me of "Le Petit Nicolas", by René Goscinny and Jean-Jacques Sempé. For those not familiar with it, Nicolas is character created in the 50s, appearing first in newspapers and then as a book. Nicolas is a child who tells his life story (discussions, conversations with friends, the relationship with his teacher, etc) according to his point of view and in a language of its own. I thought that both Nate’s and Nicolas’s stories were similar. So if you read and enjoyed “Le Petit Nicolas”, you’ll enjoy this book and vice versa.
What happened at the end pleased me as well: Nate became the hero he always wanted to be - it was like a dream come true for him. I just think that the end could have been a little more developed; for example, it could have been extended till the end of the holidays, just to complete the cycle.

Link: http://www.goodreads.com/review/show/241035976

domingo, 25 de dezembro de 2011

Yupi!

Este ano o Pai Natal foi generoso para comigo e deixou-me muitas prendas no sapatinho! Recebi bombons, uma agenda, um livro, um conjunto de perfume e creme Springfield, um par de botas, um e-reader e um ferro para fazer caracóis. É claro que estou contente – recebi tudo o que pedi! E, ainda por cima, estive na minha terra com a minha família =D Espero que tenham tido um Natal tão bom quanto o meu!




This year Santa was generous to me and he left me many gifts under my tree! I got candies, a calendar, a book, a collection of perfume and cream by Springfield, a pair of boots, an e-reader, and an iron to curl my hair. Of course I'm happy - I got everything I asked for! And moreover, I was in my home town with my family = D I hope you had a Christmas as good as mine!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Entrevista| Interview: Milene Emídio

ENGLISH VERSION AVAILABLE HERE

Diz-me uma coisa filha, acreditas em magia?” - é sob este mote que Milene Emídio apresenta o seu livro “O Vestido”. Publicado pela primeira vez em 2007, o conto apresenta-nos a história de Inês, uma jovem que irá embarcar numa autêntica viagem ao passado. Mas quem se esconde por detrás de “O Vestido”? Conheça a autora que concebeu esta narrativa fantástica, cuja continuação não deve tardar a chegar ao público.

Olá, Milene! Conta-nos a história do livro “O Vestido”. Quando o escreveste?

Foi escrito entre 2002 e 2006, começando por ser um projecto académico e terminando na sua primeira edição, em 2007. Devido a divergências com a editora em questão, revi o conto, corrigi e actualizei e optei por uma publicação print-on-demand. “O Vestido” é, portanto, um pequeno conto paranormal, com muito de mim e que teve a felicidade de conhecer pessoas para além destas paredes.

Porquê um conto paranormal? O que te atrai nesse universo fantástico?

Fantasia sempre foi o meu género de eleição para ler, sempre gostei das possibilidades, da criatividade, do ir mais além. Quando comecei a escrever queria que fosse algo dentro do género que me fazia sentir bem, queria algo verdadeiramente meu e ao mesmo tempo algo que eu gostasse de ler caso não tivesse sido eu a escrever a história. Logo, a decisão só podia ser uma: escrever algo dentro do género fantástico. O subgénero paranormal surgiu com o desenvolver da própria história.

Que feedback tens recebido dos leitores em relação ao teu livro?

Até agora tem sido positivo, no geral. Umas opiniões mais entusiastas que outras, mas no seu total, quem leu gostou, ou pela temática, ou pelas personagens, ou pela narração ou todos os elementos juntos. Foram apontados alguns erros, algumas sugestões (alguns destes aspectos foram tidos em conta aquando a reedição, outros já vieram à posteriori). A única pessoa que até agora apontou não ter gostado (sei apenas pelo Goodreads), atribuiu uma estrela à leitura, mas não teceu qualquer comentário do porquê da nota, se por não gostar de contos, daquele conto especificamente... Sei apenas que não gostou.

Imagina que estás neste momento a promover o teu livro perante uma plateia cheia de gente. O que lhes dirias sobre “O Vestido” para os convencer a ler o teu conto?

Não sei se sou a melhor pessoa para vender o meu próprio produto; em apresentações faço um pequeno resumo, sem incluir spoilers, e tento captar o público através das questões levantadas no próprio conto, as dúvidas de Inês, se a magia é ou não real, se haverá ou não fantasmas. Normalmente este tipo de questões faz, pelo menos, nascer um pontinho de curiosidade que pode, ou não, levar o leitor a querer adquirir a obra e, consequentemente, a lê-la. Mas sou franca ao ponto de os salvaguardar que é apenas um conto, e, como tal, pequeno e de narrativa rápida e limpa.

“O Vestido” já tem quatro aninhos. O que tens feito em termos literários desde então?

Escrevi a continuação que me levou tanto ou mais tempo que o primeiro lolol, mas tem mais páginas, a narrativa é um bocadinho mais pausada (mas não muito) e a própria história é mais complexa. Foi para test reading em Janeiro e agora está a aguardar que eu lhe pegue e lhe dê a limpeza e o brilho finais. Entretanto comecei também um 3º trabalho que não vai ser conto. Tenho feito muita pesquisa, tenho delineado aquilo que quero (mapa, tempo, personagens, enredo, etc) tudo muito por alto. Faltava-me o tempo e a motivação para escrever, agora que tenho tempo de sobra, a ver vamos se a motivação regressa para terminar “O Feitiço da Moura” e dar um começo como deve ser ao projecto que ainda não tem nome.

Uma das queixas que oiço frequentemente da parte de autores portugueses prende-se com a disponibilidade (ou falta dela) das editoras. Achas que, em parte, essa é uma das razões que contribui para a falta de motivação que por vezes atinge jovens escritores como tu mesma?

Boa parte das editoras, as maiores pelo menos, funcionam como empresas que são e, como tal, olham ao lucro imediato ou quase imediato que podem ter com as edições que fazem. Daí a grande aposta em autores estrangeiros, podem sempre publicitar que foi best-seller em N países ou no seu país de origem e esse facto vai levar os leitores a terem boas referências, logo, a comprar. No caso de autores portugueses, podem ocorrer diversos cenários: ou se construiu nome numa altura em que as editoras e o público eram substancialmente menos numerosos, logo os primeiros têm um CV que fala por eles (bom ou mau, deixo a apreciação para a crítica e para os leitores); há aqueles que têm efectivamente editores que apostam neles (podem acreditar verdadeiramente no trabalho do autor, ou podem ter uma margem de lucro satisfatória para se permitirem correr o risco), há aqueles que pelo teor das histórias é venda certa (casos de histórias baseadas em casos televisivos e reality shows), há quem insista até ter uma oportunidade, etc. Ser-se recusado efectivamente quebra a motivação, por mais que uma pessoa afirme "escrevo porque gosto", e é uma afirmação correcta, o facto de se obter recusas por parte de editores faz com que uma pequena peça do puzzle da vida de autor fique em falta e como tal, o trabalho nunca ficará completo. No meu caso concreto, as recusas quebraram um pouco, mas não a totalidade, dado que tive uma resposta positiva, não sabia na altura o que sei agora, mas contou para não desmotivar.

E em relação ao “Feitiço da Moura”? Tendo em conta as “aprendizagens” que mencionaste, tencionas continuar a tentar a tua sorte junto de editoras ou tencionas enveredar novamente pelo Print-on-demand?

“O Feitiço da Moura” vai ser print-on-demand pelo simples facto de ser um conto e ser a continuação do primeiro. Faz sentido a edição ser padronizada. Além de que editar contos em Portugal não é fácil, é um género que, a meu ver, não é muito apreciado e, em alturas de crise, as pessoas não vão dar por um livro de 100 páginas o mesmo que pagam por romances de 200, 300, 600 ou até mesmo 900. O terceiro projecto, esse sim, vai percorrer tudo o que tiver de percorrer.

Para terminar, que balanço fazes da tua carreira enquanto escritora e o que gostarias que o futuro te reservasse?

Não posso chamar carreira ao percurso que tenho tido. É preciso mais que um conto editado, um no forno e o esboço de algo mais para se ser um Autor. Posso dizer que foi um percurso de auto-conhecimento com alegrias e tristezas e muita aprendizagem. Futuro... Espero poder um dia chamar este mesmo percurso de carreira.


sábado, 17 de dezembro de 2011

Opinião| Review: "O Vestido", by Milene Emídio

Li as últimas páginas de “O Vestido” no dia 10 de Dezembro de 2011. Numa escala de uma a cinco, dou-lhe quatro estrelas.
Não me vou alongar em críticas. Uma vez que se trata de um livro escrito por uma antiga colega de faculdade, receio perder um pouco a imparcialidade, por isso vou ser breve.
Digo apenas que foi bom ler um livro que me fez lembrar as histórias de Marion Zimmer Bradley (as quais já não leio há algum tempo), com invocação dos elementos e da deusa, realização de rituais, etc. Em suma, gostei do género literário adoptado pela Milene.
Quanto ao que menos me agradou… bem, é o mesmo que não agrada em livros pequenos. Como as narrativas são curtas, por vezes tenho a sensação que se anda depressa demais e que as coisas quase que são forçadas. Não estou a dizer que é um defeito do livro da Milene; é simplesmente a sensação com que fico quando leio histórias que não são tão extensas. Também não é preciso que um livro tenha mais páginas que uma lista telefónica! Simplesmente gosto que as coisas demorem o seu tempo e não se apressem – é uma questão de gosto pessoal e mais nada.
Ah! Eis algo interessante: as personagens têm nomes portugueses! O que é nacional também é bom =)

I read the last pages of “O Vestido” ("The Dress" in English) on December 10, 2011. On a scale of one to five, I rate it four stars.
I will not dwell on my review. Since this is a book written by an old college friend, I’m afraid I might lose some of my imparciality, so I'll be brief.
I’ll just say it was good to read a book that reminded me of the stories by Marion Zimmer Bradley (which I haven’t read in a while), with the invocation of the elements and the goddess, performing rituals, etc. In short, I liked the literary genre adopted by Milene.
As for what I liked the least... well, it’s the same as in any small books. As the stories are short, sometimes I feel it goes too fast and that things are almost forced. I'm not saying it is a defect of Milene’s book; it’s simply the feeling I get when I read stories that are not so extensive. Book don’t have to have more pages than a phone list eighter! I just like things to take time and not to rush - it's a matter of personal taste and nothing else.
Oh! Here's something interesting: the characters have Portuguese names! What’s national is good too =)


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

The Versatile Blogger Award


Esta terça-feira recebi uma boa notícia: recebi o prémio “The Versatile Blogger”. A distinção foi-me atribuída por Catherine Speight, administradora do blogue “Cath ‘n’ Kindle Book Reviews” (que pode ser visitado no seguinte endereço electrónico http://cnkbookreviews.blogspot.com/p/versatile-blogger.html). Ora, segundo me foi explicado, dita a tradição desta condecoração que:

1 – Agradeça à pessoa que me atribuiu o prémio e estabeleça uma ligação entre os blogues;
2 – Partilhe sete coisas sobre mim;
3 – Atribua este prémio a outros cinco blogues recentemente descobertos e os informe de tal.

Começando pelo primeiro ponto, agradeço então a Catherine Speight por se ter lembrado de mim e do meu blogue, e por nos ter achado merecedores de tal distinção.

Quanto a partilhar sete coisas sobre mim… 1) Sou do signo caranguejo; 2) Sou teimosa e perfeccionista; 3) Odeio pessoas com duas caras; 4) Quero escrever um best-seller; 5) Adoro dormir (será que isso fará de mim preguiçosa…?); 6) Sou viciada em filmes; 7) Sou uma grande fã do actor Alex Meraz.

Por último, atribuo este prémio também a:

http://d311nh4.blogspot.com/
http://nicolestorey.wordpress.com/
http://www.bookish-brunette.com/
http://www.thebookscoop.com/
http://fullmoonbites.blogspot.com/


» This Tuesday I got some good news: I received “The Versatile Blogger Award”. This distinction was given to me by Catherine Speight, who runs the blog “Cath ‘n’ Kindle Book Reviews” (which can be visited in the following electronic adress
http://cnkbookreviews.blogspot.com/p/versatile-blogger.html). According to what I was explained, the tradiction on this condecoration says that I must:

1 - Thank the person who gave it to me and link them back to my blog.
2 - Share seven things about myself.
3 - Pass this award on to 5 other recently discovered blogs and inform them of the honour.

Starting by the first point, I thank Catherine Speight for having remembered me and my blog, and for considering us both worthy of such award.

As for sharing seven things about me… 1) In astrology, I’m a Cancer; 2) I’m stubborn and perfeccionist; 3) I hate people with “double-face”; 4) I want to write a best-seller; 5) I love to sleep (does that make me lazy…?); 6) I’m addicted to movies; 7) I’m a huge fan of the actor Alex Meraz.

At last, I give “The Versatile Blogger Award” also to:

http://d311nh4.blogspot.com/
http://nicolestorey.wordpress.com/
http://www.bookish-brunette.com/
http://www.thebookscoop.com/
http://fullmoonbites.blogspot.com/

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Entrevista| Interview: Suzy Turner



Ligada às letras por via profissional desde há muito, Suzy Turner estreou-se como escritora com a saga Raven. Desta série, dois livros já se encontram editados e o terceiro sairá em Março de 2012. Conheça um pouco melhor esta autora inglesa, que vive no Algarve (sul de Portugal) há mais de 25 anos.

Alguma vez pensou que iria tornar-se escritora?
Eu sempre gostei de ler e escrever, mas só quando completei 20 anos percebi que era o que queria fazer. Logo desenvolvi grandes sonhos e ambições de ter um best-seller!

Escreveu outros livros antes de “Raven”?
Escrevi um livro aos 20 anos, mas nunca consegui publicá-lo. Escrevi-o numa questão de semanas, enviei-o para alguns agentes, mas não houve interessados, por isso coloquei-o de parte e esqueci a escrita por uns tempos. Então, alguns anos mais tarde, comecei a escrever outro livro (também literatura feminina), chamado “Forever Fredless”. Ainda não o terminei, porque “Raven” manteve-me ocupada durante algum tempo, mas espero acabá-lo e publicá-lo no próximo ano!

E esse livro é do mesmo género que “Raven”?
“Forever Fredless” não é um livro sobrenatural, é apenas romance com um pouco de comédia. Literatura feminina é o meu outro género favorito.

Tem editora ou auto-publica os seus livros?
Sou uma autora auto-publicada. É muito, muito difícil encontrar um agente e uma editora no mundo literário, por isso decidi ir em frente e publicar os meus livros por mim mesma. Estou incrivelmente grata a sites como Amazon e Smashwords, que proporcionam a oportunidade aos autores de auto-publicarem facilmente.

Onde foi buscar a sua inspiração para escrever "Raven" (“Corvo” em Português)?
Surgiu-me durante umas férias na zona oeste do Canadá, em 2009, particularmente durante um piquenique que fizemos numa pequena baía em Powell River... Era tão bonita e misteriosa ao mesmo tempo! Podia facilmente imaginar personagens assustadoras escondendo-se nas florestas que nos rodeavam.

Notei nesta história uma referência ao Fado. Porque fez essa menção e como está relacionada com Portugal?
A música que escolhi para figurar em “Raven” é a “Canção do Mar”. É uma música que absolutamente adoro. É assombrosamente bela e coaduna-se muito bem com a sensação transmitida pelo livro. Decidi usar a música, porque tenho vivido em Portugal (no Algarve) durante os últimos 25 anos. Mudei-me para cá com a minha família quando tinha dez anos de idade.

"December Moon" é o segundo livro da série. O que podemos esperar dele?
“December Moon” é sobre a amizade entre Lilly e a amiga December... É um pouco mais divertido do que “Raven” e tem muito mais acção também!

Existe um outro volume desta série?
Haverá um terceiro livro chamado “The Lost Soul”, que será lançado em Março de 2012 - este será o último da Saga Raven. Depois disso começarei uma nova série de livros baseados em Inglaterra.

Quais são seus planos para o futuro?
Pretendo continuar a escrever enquanto puder! No entanto, tenho planos para deixar Portugal e mudar-me para outro país. O meu marido e eu viemos para aqui com as nossas famílias quando éramos crianças e agora decidimos ter a nossa própria pequena aventura... Por enquanto ainda não decidimos para onde iremos, mas estamos a ponderar como hipóteses a Grã-Bretanha e o Canadá (gostamos do tempo frio)!

Onde a podemos encontrar?
O meu website: http://suzyturner.com/

sábado, 10 de dezembro de 2011

E-reader!!!


Eh, eh! Hoje estou contente, pois o meu marido pediu ao Pai Natal para vir um pouco mais cedo. E vejam só o que a transportadora me trouxe ontem: o meu e-reader!
Como encomendar um Kindle estava a levantar demasiados problemas, optei por procurar por uma solução mais à mão. Assim, visitei o site da Pixmania, consultei os vários e-readers disponíveis e acabei por escolher o Energy Book 4050 Touch 5, da Energy System. Podem consultar as respectivas características neste link http://www.pixmania.com/pt/pt/5772916/art/energy-sistem/energy-book-4050-touch-5.html
Vamos ver se consigo começar a ler mais depressa agora, que tenho muitos e-books pela frente!




Eh, eh! Today I’m happy, because my husband asked Santa Claus to come a little earlier. And look what the carrier brought me yesterday: my e-reader!
Since ordering a Kindle was raising too many problems, I decided to look for an easier solution. So I visited the site of Pixmania, I consulted the various e-readers available and I ended up choosing the Energy 4050 Touch Book 5, by Energy System. You can check its characteristics in this link http://www.pixmania.com/pt/pt/5772916/art/energy-sistem/energy-book-4050-touch-5.html
Let's see if I can start reading faster now, because I have many e-books ahead!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Opinião| Review: "Raven" - Suzy Turner


Concluí a leitura de “Raven” a 1 de Dezembro de 2011 e dou-lhe 4 estrelas.
Esta é uma história que combina diversos elementos do paranormal, como transmorfos, vampiros, lobisomens, bruxas e muitos outros. Para quem é fã do sobrenatural, é um livro em que certamente encontrará algo que lhe agrada.
Lilly é a personagem principal e tudo irá mudar radicalmente para ela. Agradou-me o dramatismo em torno da vida dela em Londres. A descrição das emoções está muito bem conseguida e quase senti uma “nuvem negra” a pairar sobre mim tal como sobre ela. Nesta primeira parte Lilly relacionou-se principalmente com a sua suposta mãe, pelo que me surpreendeu mais à frente a menção ao amor que ela sentia pelo pai, que esteve praticamente ausente. Tudo bem, é uma jovem de 13 anos, é normal que goste dos pais apesar de não lhe darem muito carinho, mas esta foi uma figura que praticamente não integrou a história, pelo que achei um pouco esquisita a afeição/ preocupação súbitas da Lilly em relação ao pai.

O desaparecimento dos pais é deveras um mistério intrigante e o quarto vazio leva-nos a especular sobre o que lhes terá acontecido. Confesso que concebi imensas teorias, mas não acertei, lol!
Na segunda parte da história, a personagem principal vai viver para a casa do avô, no Canadá. É giro vê-la a descobrir coisas novas e a conhecer o mundo, algo que lhe estava vetado antes.
A boa recepção da família é positiva, no entanto a paixão por Oliver foi demasiado repentina (se bem que a família tem um grande historial de amores à primeira vista, pelo que ela não fugiu à regra). Se me perguntarem, ela é demasiado nova para romances. Mas a autora não se demorou em cenas românticas e o ponto fulcral reside antes na descoberta do sobrenatural e história da família, o que é óptimo.
Analisando as coisas agora com mais algum distanciamento, acho que a história é muito “cor-de-rosa” e precisava de mais “negro”. O avô é excessivamente bondoso, a família é muito complacente e depois há a coincidência maravilhosa de descobrirem uma prima há muito perdida. Quanto à última parte, creio que se podia ter adensado o mistério em torno de Tabitha em vez de se revelar logo tudo.
Para terminar, gostei da surpresa da autora em relação ao título. Não vou ser “spoiler” e explicar; digo apenas que o compreendo e que foi engraçado descobrir a relação entre o mesmo e a Lilly.

I finished reading "Raven" on December 1st 2011 and I rate it 4 stars.
This is a story that combines various elements of the paranormal, such as shape-shifters, vampires, werewolves, witches and many others. For anyone who’s a fan of the supernatural, you’ll find something you like in this book for sure.
Lilly is the main character and everything will change radically for her. I liked the drama surrounding her life in London. The description of the emotions is very successful and I almost felt a "black cloud" hanging over me as over her. In this first part Lilly dealt mainly with her supposed mother, so I was surprised later by the mention to the love she felt for her father, who was absent. Okay, she's a 13 year old girl, it’s normal for her to love her parents despite they don’t give her much affection, but dad was a figure that was hardly part of the story, so I thought it was a little weird the sudden affection / concern of Lilly toward her father.
The disappearance of her parents was a very intriguing mystery, and the empty room leads us to speculate about what had happened to them. I confess that I conceived a lot of theories, but I didn’t picture the right one, lol!
In the second part of the story, the main character lives in her grandfather's house, in Canada. It's nice to see her discovering new things and getting to know the world, something that was vetoed to her before.
The girl was well received by her family, which was positive. As for her passion for Oliver, it was too sudden (though the family has a long history of love at first sight, so she was no exception). If you ask me, she’s too young for romance. But the author didn’t linger in romantic scenes and the main point lies in the discovery of the supernatural and the family history instead, which is great.
Looking at things now over some distance, I think the story is too "pink" and needed more "black". The grandfather is too kind, the family is very helpful, and then there’s the wonderful coincidence of discovering a long lost cousin. As for the last part, I think that the mystery around Tabitha could have thickened rather than just reveal everything at once.
To finish, I liked the surprise of the author about the title. I won’t be "spoiler" and explain it; I’ll just say that I got it and it was funny to discover how it was related to Lilly.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Entrevista | Interview: Jackie Williams


ENGLISH VERSION AVAILABLE HERE 


Jackie Williams é uma escritora do País de Gales, conhecida pelas suas histórias de terror. Mas se julga que ela apenas escreve histórias assustadoras, bem… está enganado. Ela tem um lado desconhecido, que poderá descobrir ao longo desta entrevista. Espero que goste!

Olá, Jackie! Pode apresentar-se a quem não a conhece?

Sou casada e tenho três filhos adultos e seis netos. Vivo no adorável País de Gales, no Reino Unido, e trabalho como prestadora de cuidados de saúde mental. Nos meus tempos livres gosto de caminhar, aprecio arte e mantenho-me em forma... quando consigo apertar a minha agenda, lol. Gosto de ver filmes de terror e estou sempre à procura daquele que pode realmente assustar-me.


O que a levou a tornar-se escritora?
Comecei a escrever depois de uma caminhada com o meu marido num inverno amargo. O mundo parecia outro planeta, com tudo gelado e nenhum movimento, embora a brisa fosse bastante forte e cortante. As árvores curvavam-se com o peso do gelo e os passarinhos estavam congelados nos ramos. Quando chegámos em casa, escrevi o meu primeiro poema. Enviei-o para a Arrival Press, que o publicou, e assim começou a minha escrita.

Quantos livros e contos publicou?

“A Feast Of Horror” (“Um Festim de Terror”), disponível na Eloquent Books, Amazon, Barnes & Noble; o livro infantil “Tori-Jean's Busy Day” (“O Ocupado Dia de Tori-Jean”), da Strategic Books e disponível para encomenda prévia; "Roadkill” e "Gerald's Car” ("O Carro de Gerald”), no Smashwords. Também integro as seguintes antologias: “Satan's Toybox: Demonic Dolls” (“A Caixa de Brinquedos do Diabo: Bonecas Demoníacas”); “Satan's Toybox: Toy Soldiers” (“A Caixa de Brinquedos do Diabo: Soldados de Brincar”) a ser lançado em breve e ambos disponíveis no Smashwords e Amazon; “Voices from the Beyond” (“Vozes do Além”) pelo grupo Book Junkies, disponível em breve. Também publiquei poesia e contos no Reino Unido através da Arrival Press.

Prefere escrever histórias curtas ou longas, apesar de ter escrito ambas?

Prefiro histórias curtas. Sou impaciente e gosto de terminar o que comecei, mesmo que demore toda a noite e o dia seguinte.

Escreve principalmente histórias de horror. Porquê esse género?

Terror e fantasmas sempre me estiveram no sangue (por assim dizer). Desde tenra idade o meu pai contou-me histórias de fantasmas, e se uma das histórias do meu pai não assustar, então nada o poderá assustar. Mas a minha escrita começou com poesia. Publiquei imensa poesia em livros, revistas, jornais, e até mesmo em teletexto na televisão. Escrevo poemas sobre vários assuntos. Creio que a poesia liberta os escritores de eventuais bloqueios; se me deparar com um, escrevo um poema acróstico e isso normalmente funciona. Publico poesia e contos há já algum tempo, mas um dos meus livros mais recentes é “A Feast of Horror” e está cheio de histórias de terror. Tenho alguns contos favoritos no livro, como “Emelia”, “Wonderfeed” e “Sophie Night”. Embora tenhamos gostos diferentes, creio que há uma história para todos dentro deste passeio assustador; o livro termina com uma boa porção de poemas assustadores. O livro publicado mais recentemente e que integro é “Satan's Toybox: Demonic Dolls”, em que a minha história “Forever Friend” (“Amigo para Sempre”) se junta a outras de excelentes escritores. Foi publicado pela Angelic Knight Press e recebi também a notícia de que vou ser incluída na sua nova antologia chamada "Satan's Toybox: Toy Soldiers”. Outra antologia é "Voices from the Beyond”, pelo grupo Book Junkies, e contém apenas histórias verdadeiras de fantasmas. Vou ser incluída nesta colectânea de pôr os cabelos em pé - às vezes a verdade é mais estranha do que a ficção. Tenho dois pequenos contos de terror publicados por mim mesma no Smashwords, nomeadamente “Roadkill” e “Gerald’s Car”; são apenas algo para ler antes de adormecer.

Como reagiu a sua família quando começou a escrever?

Quando comecei a escrever praticamente mantive a minha escrita para mim. Sentia que não era boa o suficiente e tinha medo que as pessoas fizessem troça ou dissessem coisas negativas. Mas quando disse à minha família, ficaram satisfeitos e apoiaram-me.

Que comentários tem recebido dos leitores até agora?

Sempre tive um feedback misturado, mas nada muito mau ou de destruir-me a alma, afinal de contas todos temos gostos e opiniões diferentes.

Qual foi a coisa mais difícil de ouvir?

A coisa mais difícil de ouvir de um editor foi “Desculpe, mas sua história precisa de muito trabalho para ascender a um padrão de publicação”. Isso pode ser esmagador depois de tanto trabalho. O sentimento com que se fica é o de que não se é bom o suficiente; acho que é muito melhor levar com um peixe molhado na cara!

Qual foi o melhor conselho que recebeu?

No início era membro de um círculo escritores (Tillery Writers Circle) e com eles encontrei a confiança necessária. Até subi a palco algumas vezes e li a minha poesia. Mais tarde juntei-me a um grupo online chamado Fanstory. Fanstory é um site excelente para a construção de confiança e para receber feedback livre sobre o seu trabalho. Gostaria de aconselhar os novos escritores a explorarem o site. O melhor conselho que alguém pode receber é: “não desista!”.

O que fez para conseguir que as suas histórias fossem publicadas?

Se as histórias são o seu forte, a melhor maneira de obter uma posição é inseri-las em colectâneas. É realmente difícil fazer o seu trabalho sair, mas numa antologia existem muitos outros escritores a sentir o mesmo, não está sozinho. Então, aprovado ou reprovado, continue a escrever. O meu livro “A Feast of Horror” foi publicado num negócio de 50/50. Paguei uma grande quantia de dinheiro para ser publicado. Na época era ingénua; desde então cresci e aprendi muito. O conselho que gostaria de compartilhar é: não pague para ter o seu trabalho publicado, a auto-publicação trará mais benefícios, a não ser, é claro, que encontre um editor genuíno que o apoie a 100%.

Está a trabalhar em algo de momento?

De momento estou a trabalhar numa novela/ romance. Não tenho certeza a qual pertencerá, isso depende da história. Adoro escrever!

Onde é que os leitores a podem encontrar?

Podem encontrar-me no Facebook e no Goodreads.
https://www.facebook.com/scruplesm?ref=pymk#!/profile.php?id=1664588497&sk=info
http://www.goodreads.com/user/show/5756702

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Correio | Mail


Recebi na passada sexta-feira uma carta da escritora Jana Oliver, cujo conteúdo gostaria de partilhar convosco. O envelope trazia algum material promocional da série “The Demon Trappers”, nomeadamente dois autocolantes espectaculares com o logótipo da saga (que me faz lembrar uma tatuagem), um postal autografado e um emblema que vai direitinho para o capote do traje universitário da minha irmã.
Agora resta-me esperar que chegue o livro “Forsaken”. Segundo as indicações que me foram disponibilizadas, deve chegar por correio dentro de três semanas.
Para quem quiser saber mais sobre este livro em concreto visitem
http://www.goodreads.com/book/show/8534899-forsaken. Os interessados em adquiri-lo em Portugal também o podem fazer! Ainda na passada quinta-feira estive na FNAC do Fórum Almada e encontrei um exemplar em inglês à venda. Aqui está o link para o site da FNAC caso alguém o queira encomendar: http://www.fnac.pt/The-Demon-Trappers-Forsaken-Jana-Oliver/a344831?PID=5&Mn=-1&Ra=-1&To=0&Nu=1&Fr=0
Para mais informações sobre esta série consultem http://www.demontrappers.co.uk/



Last Friday I received a letter from the writer Jana Oliver, and I would like to share its content with you. The envelope had some promotional material from "The Demon Trappers Series", including two spectacular stickers with the logo of the saga (that reminds me a tattoo), an autographed postcard, and an iron-on patch that will go straight to the cape of my sister’s university suit.
Now I just have to wait for the book "Forsaken" to get here. According to the information I received, it should arrive by snail mail within three weeks.
For those who want to know more about this book in particular, go to
http://www.goodreads.com/book/show/8534899-forsaken. Those interested in acquiring it in Portugal can do it too! Last Thursday I went to the FNAC store at Forum Almada and I found a copy in English for sale. Here’s the link to the FNAC site if someone wants to order it: http://www.fnac.pt/The-Demon-Trappers-Forsaken-Jana-Oliver/a344831?PID=5&Mn=-1&Ra=-1&To=0&Nu=1&Fr=0
For further information about this series visit www.demontrappers.co.uk

domingo, 27 de novembro de 2011

Opinião| Review: RoadKill, Jackie Williams

Li “Road Kill” no dia 20 de Novembro de 2011. Gostei bastante e dou-lhe 4 estrelas.
A história começa com a apresentação de uma criatura estranha e dos seus hábitos alimentares peculiares chocantes. É-nos apresentada como a última da sua espécie e somos levados a crer que a espécie se extingue quando algo acontece à criatura. Mas será que é mesmo o fim?
Desconhecia o conceito de “Road Kill” dado os meus conhecimentos limitados da língua inglesa, pelo que não compreendi de imediato o que significava. Apenas percebi o queria dizer quando dois jovens tentam comprar carne para o churrasco do Dia das Bruxas e o talhante lhes diz que não tem nada e que a única carne que conseguirão encontrar é a dos animais mortos nas estradas. E não é que eles acabam por seguir essa dica?! Claro que lhes vai sair muito caro…
É pena ser uma história tão curta. Acho que merecia ser mais desenvolvida; a ideia por detrás é forte e não pecava se fosse mais explorada. Quem sabe se a autora não resolve fazer um livro mais completo a partir desta história?


I read “Road Kill” on November 20, 2011. I liked it pretty much, so I rate it 4 stars.
It begins with the presentation of a weird creature and its shocking peculiar feeding habits. It is presented to us as the last of its kind and we are led to believe that this species will extinguish when something happens to the creature. But will it really be the end?
I wasn’t familiar with the concept of “Road Kill” once my knowledge of the English language is limited, so I didn’t understand it right away. I only got what it meant when too young boys try to buy some meat for the Halloween’s barbacue and the butcher tells them he has none, and the only meat they will be able to find is the one from the animals killed on the road. And who knew that they will follow this tip?! Of course it will have a high price…
It’s a pity that the story is so short. I think it deserved to be more developed; the idea behind it is strong and it could be more explored. Who knows if the author decides to write a book more complete from this story?