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A rádio começou então a passar uma música
romântica. Levado pelo ritmo lento, levantou-se e puxou-a para si. Num gesto
automático, Marina ergueu-se e começaram a dançar. Envolvidos pela harmonia,
era como se não estivessem no quarto e se elevassem bem acima das nuvens. A
letra romântica parecia adaptar-se a eles na perfeição, o que reforçou o
encanto. Marina sentia-se enfeitiçada. Para o rapaz, era como se uma porta se
entreabrisse, dando-lhe a possibilidade de se aproximar dela e provar-lhe que,
embora o negasse, ele fazia parte do seu coração. Talvez este estivesse
dividido, mas lutaria pelo seu lugar nele.
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Céus! Como podia ouvi-lo dizer aquilo e
continuar impávida e serena? Queria ficá-lo, instantes antes teria ficado…
Caramba, como se tinha deixado envolver àquele ponto?
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Ali estava uma autêntica armadilha do cruel
destino, que teimava em brincar com ela. Maldito fado...
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