segunda-feira, 7 de maio de 2012

Entrevista| Interview Karin Cox



“Cage Life” é um livro de Karin Cox que li em Março passado. Gostei bastante do estilo de escrita da autora, por isso resolvi saber mais sobre ela e o seu trabalho. Aqui fica uma pequena entrevista, vinda diretamente da Austrália.

Oi, Karin! Quando começou a escrever?
Escrevo desde criança, principalmente poesia e contos; apesar disso, vejo-me como uma romancista em espera. A maioria dos livros que publiquei foram não-ficção, porém tenho muitos romances por terminar ou para trabalhar; estou impedida de o fazer apenas por causa de falta de tempo, muitas ideias e as minhas próprias inseguranças!

Qual foi o primeiro livro que escreveu?
O primeiro livro que escrevi poderia ser classificado de ficção (mas na verdade é não-ficção criativa). Chama-se "Roma: From Prison to Paradise" e trata a história de vida de um modelo australiano que se tornou prisioneiro de guerra nas Índias Orientais Holandesas na Segunda Guerra Mundial.

Que feedback recebeu sobre o mesmo?
Foi publicado pela New Holland Publishers aqui, na Austrália, e o feedback foi muito positivo na altura. Foi publicado pela primeira vez em 2004, e agora está fora de catálogo. Roma Blair, o sujeito, teve uma vida fascinante por isso foi muito fácil escrever com pungência e realismo.

Qual foi a pior coisa que lhe disseram?
A pior coisa que ouvi são as notícias quase todos os dias. Não quero repetir a pior coisa que já ouvi por aí, porque ainda me dá pesadelos. A pior coisa que me disseram sobre a minha escrita foi que era "miserável".

Qual o melhor conselho que lhe foi dado no que concerne à escrita?
Continuar a escrever e a aprender o ofício. Ler tantos livros quanto possível sobre como escrever, trabalhar com um editor ou avaliador de livros (que lhe dará dicas úteis), e também aprender a confiar na própria "voz" e instinto de escritor. A boa escrita vem com o tempo, a aprendizagem, prática e paciência.

Enquanto escritora, tem algum ritual que goste de seguir?
Nem por isso. A minha formação é em edição, por isso acho difícil deixar-me ir e escrever, e não editar enquanto escrevo. Editar enquanto se escrever pode sufocar alguns autores; outros acham que é a única maneira como conseguem escrever. Os autores precisam de fazer o que funciona para eles. O café é a única coisa que funciona comigo. Ou o vinho.

Sobre “Cage Life”, como surgiram as duas histórias?
As duas histórias de “Cage Life” foram escritas em anos diferentes. A primeira foi escrita muito antes de eu ter filhos; não sei se conseguiria escrever uma história dessas agora. Pareceria que estava a fintar-me a mim mesma. A segunda foi escrita para um concurso de contos aqui, em Brisbane. Não ganhei, mas gostei da história. Penso que ambas têm algo a dizer sobre as restrições nas nossas vidas e sobre a liberdade e gratidão, daí tê-las juntado.

Está a escrever alguma coisa?
Atualmente estou a escrever várias coisas. A primeira é um romance paranormal sobre uma esfinge fêmea e um macho Cruxim (Anjo Negro), que tem lugar em Barcelona. A segunda é um romance adystopian para jovens adultos que decorre na Austrália. A terceira é um romance situado no Reino Unido. E a quarta é uma série de romances de fantasia YA que estou a “ruminar” já há seis anos e ainda não estou satisfeita. Sou uma pessoa de ideias, mas chegou o momento de terminar todas as histórias!

Onde podem os leitores seguir o seu trabalho?
Twitter: @Authorandeditor

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