SINOPSE
Crónicas do Avô Chico - Nostalgia da Minha Infância no Alentejo, da Chiado Editora, é um livro de crónicas autobiográficas, episódios da infância do autor por terras alentejanas, em Vila Viçosa.
Pedro Jardim imortalizou um pouco das suas vivências, homenageando os atores da sua vida, principalmente o seu avô materno Francisco da Silva Jardim, conhecido como o Chico das Maravilhas. E fê-lo de forma poética, apesar de apresentar um livro em prosa.
Trata-se de um autor português, que conta a suas vivências e aventuras de menino, a história das suas gentes, bem como nos dá a conhecer muito das tradições e cultura alentejana.
A narração desenrola-se em cenários deslumbrantes, que todos nós conhecemos (ou pelo menos ouvimos falar) e depois de lermos o livro ficamos com uma grande vontade de as (re)visitar e até conhecer.
Cada episódio é acompanhado de ilustrações e poesias (do seu avô Chico, na sua maioria) que enquadram e ajudam a introduzir cada uma das cenas.
Utiliza ainda uma linguagem muito própria e regional, o que nos ajuda a experienciar melhor todo o livro.
Um livro de afetos, puros e genuínos. Um livro transversal que pode ser lido por pessoas dos oito aos oitenta e oito anos.
BLURB
Crónicas do Avô Chico - Nostalgia da Minha Infância no Alentejo, published by Chiado Editora, is a book of autobiographical chronicles, author's childhood episodes that took place in Alentejo, in Vila Viçosa.
Pedro Jardim immortalized some of his experiences, honoring actors of his life, especially his maternal grandfather Francisco Jardim da Silva, known as Chico Maravilhas. And he did it in a poetic way, despite the book being in prose.
It is a Portuguese author who tells his experiences and adventures as a little boy, the story of his people, and lets us know much of the traditions and culture of the Alentejo.
The narrative unfolds in stunning views that we all know (or at least heard about), and after reading the book it makes us want to the (re)visit this place or even meet it for the first time.
The narrative unfolds in stunning views that we all know (or at least heard about), and after reading the book it makes us want to the (re)visit this place or even meet it for the first time.
Each episode is accompanied by illustrations and poetry (by his grandfather Chico, mostly) that fit and help introduce each scene.
It also uses a language all very own and regional, which helps us to better experience the whole book.
A book of affects, pure and genuine. This is a transverse book that can be read by people from eight to eighty-eight years old.
OPINIÃO
Acabei de ler este livro a 12 de agosto de 2012. Dou-lhe quatro estrelas.
Esta não é uma história linear, com princípio, meio e fim, por isso quem não aprecia cenas soltas, não recomendo. Trata-se da compilação de diversos episódios de infância do autor, que têm lugar em Vila Viçosa, em casa dos seus avós.
Pessoalmente, gostei bastante, talvez porque muitos dos episódios descritos me digam alguma coisa. Enquanto alguém criado numa terra alentejana, experienciei eu própria algumas das cenas apresentadas. Por exemplo, não pisei azeitonas, mas assisti à apanha e fui levá-las ao lagar, para sair de lá com jerricãs de azeite. Não joguei ao pião, pois as meninas jogavam à semana ou ao elástico, mas joguei à apanhada, às escondidas e fazia corridas com “partida, largada, fugida!”. Ah! E joguei ao berlinde, a que chamava “bogalho”; ia à “cova” e tentava acertar nos outros todos. Também comi muitas amoras e lavava as mãos não só com Omo, mas também com Presto.
Em relação à poesia popular, também ouvi muitos versos desses. Mas, ó Pedro, “Se tu visses o que eu vi, À porta do tribunal, As cuecas do juiz, Embrulhadas no Jornal” é de outra autoria. É uma quadra que faz parte do jogo do Dominó e ainda sei cantar as restantes.
Mas nem só de texto se faz este livro – também tem ilustrações. A minha preferida é a da pasteleira (uma bicicleta a pedal, para quem não está familiarizado com o termo). Fez-me recordar a bicicleta do meu avô em que andei tantas vezes à pendura. E é verdade: quem vai à pendura tem que abrir as pernas, senão…
Foi muito bom ler este livro e relembrar episódios da minha infância através dos olhos de Pedro Jardim.
REVIEW
I just read this book on August 12, 2012. I rate it four stars.
This is not a linear story with a beginning, middle and end, so who doesn’t like loose scenes, I don’t recommend it. This is a compilation of several episodes of the author's childhood, which take place in Vila Viçosa, home of his grandparents.
Personally, I liked a lot, perhaps because many of the episodes described tell me something. As someone raised in the Alentejo area (Portugal), I myself experienced some of the scenes presented. For example, I didn’t tread olives, but I watched people catching them and I took them to the mill, to get out of there with jerry cans with olive oil. I didn’t play the whipping-top, because the girls played Week or with the elastic, but I played catch, hide and seek, and raced to the sound of "ready, set, go." Ah! And played with marbles; I went to the "pit" and tried to hit all the others. I also ate a lot of blackberries and washed my hands not only with Omo, but also with Presto.
Regarding the popular poetry, I also heard many of these verses. But, hey Pedro, "If you saw what I saw, At the door of the courthouse, the judge's underwear, wrapped in the newspaper" is from another author. It's a block that is part of the game called Domino and I still can sing the rest.
But not only text that makes this book – it also has illustrations. My favorite is the pastry (a bicycle with pedals, for those not familiar with the term). It made me remember my grandfather’s bike I rode so often. And it's true: who rides in the back must open the legs a lot, or else...
It was great to read this book and remembering episodes from my childhood through the eyes of Pedro Jardim.
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