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Naqueles milésimos de segundo em que
parecia suspensa no ar, olhou para o céu e viu-o. Estaria a sonhar? Seria ele a
sua última visão nesta vida? Porquê ele e não alguém importante, como a sua
mãe? (…) A efémera sensação de flutuar deu lugar quase de imediato à falta de
fôlego e à aflição da queda, que terminou num mergulho destrambelhado na água
gelada. Enquanto o seu corpo teimava em descer até ao fundo do rio, não
respondendo a nenhuma das suas ordens, Marina resolveu deixar-se ir. Era assim
o seu fim, era assim que morria. Mais nada. Já estava.
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