O Fantástico é o meu género de eleição. Se tivesse de escolher um género, porque apenas poderia ter um, escolheria o Fantástico; mas confesso que ficaria muito triste, pois acima de tudo conto histórias; e as histórias podem vir vestidas de mil e uma maneiras. Isto para dizer que não me reduzo ao fantástico; tenho histórias escritas em outros géneros e penso que qualquer escritor deveria ser livre de escrever no género que bem entendesse, independentemente do catálogo em que o enfiassem. Sei que há quem não concorde com isso; que veja nisso uma incoerência; que interpreta nisso uma certa falta de personalidade – uma espécie de catavento; no entanto, esta capacidade – ou mesmo necessidade - para mim, é ser um espírito livre; é permitir que a história venha ao mundo conforme nasceu. No entanto, a ser catalogado, que o façam como escritor de fantástico.
Comecei a escrever por necessidade. Durante a adolescência, atormentado pelos dissabores, frustrações e monstros – que atormentam todos os adolescentes – senti que, pela escrita, poderia fazer viver o meu alter-ego; alguém que todos admiravam, o herói corajoso, o homem por quem todas as mulheres se apaixonavam. Assim nasceu o meu primeiro personagem – cujo nome não digo – e o meu primeiro romance – um policial – que está na gaveta. O gosto pela escrita foi crescendo; e a vontade de ser escritor foi – talvez – uma das poucas que se manteve na minha vida enquanto me ia tornando adulto.
Um policial? - perguntarão
O fantástico surgiu, na minha vida de leitor, muito tarde. Li Os caçadores de Lua Vermelha, de Zimmer Bradley aos 16 anos; e o Senhor dos Anéis, de Tolkien, aos 18. Cresci ao sabor de policiais, de livros de espionagem, e outros romances de dificil classificação; li livros de imensos e diversos autores (Balzac, Tolstoi, Konsalik, John Le Carré, Aghata Christie, Zimmer Bradley, etc); e é por isso que, quando comecei, o fiz num género muito distinto daquele que hoje escrevo com maior prazer; talvez seja por isso, por ter conhecido tantos géneros distintos, e reconhecido beleza neles todos, que entenda que – e desde que se seja capaz – não se deve ser escravo de um género só.
A Trilogia... O feedback que tenho obtido dos dois livros é – francamente – positivo: os que gostam, gostam muito e falam entusiasmados disso; os que não gostam, só não gostam.
A Trilogia nasceu de uma ideia, de um SE – como quase todos as histórias nascem.
E se, de repente, o Homem perdesse tudo aquilo que tem por garantido?
Desde o primeiro livro ao último – é uma Trilogia – o leitor vai conhecendo uma história alternativa para o Universo e para a Humanidade. Na minha versão da História do Universo e da Humanidade, as coisas passaram-se de forma diferente e os factos são ligeiramente distintos. Atenção: isto não faz com que tudo o resto seja mentira, mas só com que a verdade seja outra.
Reparem como, por vezes, uma pequena distorção dos factos leva a determinadas consequências. Imaginem consecutivas pequenas distorções que ocorreram, e foram ocorrendo, há milhares de anos.
Quem somos? De onde viemos?
Tudo que se sabe é mera especulação; apoiada em factos cientificos - dirão; também Galileu foi condenado pelos factos científicos da época.
A pergunta faz-se e fica aqui: E se tudo o que sabemos não for a verdade?
A Trilogia responde a esta pergunta.
Guest Post By Paulo Fonseca, author of the trilogy “Império Terra”
Fantastic is my genre of choice. If I had to choose a genre, it could only be one I’d choose Fantastic, although I confess I would be very sad, because above all I tell stories - and stories can come dressed in a thousand ways. That is to say that I don’t stick to the fantastic. I have written stories in other genres and I think any writer should be free to write in the genre they wanted, regardless of the catalog they are on. I know some people who don’t agree with it; they see this as an inconsistency, that states a lack of personality - a kind of windmill. However, this ability - or even its need - to me, is to be a free spirit, to allow the story to come to the world as it was born. Still, to be cataloged, let them do so as a writer of fantastic.
I started writing out of necessity. During adolescence, plagued by setbacks, frustrations and monsters - that plague all teenagers - I felt that through writing I could make my alter-ego live; someone who everyone admired, the brave hero, the man whom all women fall in love. Thus was born my first character (whose name I won’t say) and my first novel (a crime fiction) that is in the drawer. The taste for writing grew, and the will of being a writer was - perhaps - one of the few that remained in my life while I was turning into an adult.
A crime fiction? – you may ask.
The fantastic emerged in my life, as a reader, very late. I read “Hunters of the Red Moon”, by Zimmer Bradley at 16; and the “Lord of the Rings”, by Tolkien, at 18. I grew up with crime fiction, espionage books, and other novels hard to classify. I also read lots of books from several authors (Balzac, Tolstoy, Konsalik, John Le Carré, Aghata Christie, Zimmer Bradley, etc.). And that is why when I started writing, I did it in a very distinct genre that I am writing today, with greater pleasure. Perhaps that is why - for having met so many different genre, and recognized beauty in them all - I understand that (and since one is able) an author shouldn’t be a slave of a single genre.
The Trilogy... The feedback I have gotten of the two books is frankly positive: those who like, like it very much and they speak of it excitedly; and those who do not like, they just don’t like it.
The Trilogy was born of an idea, an IF - as almost all the stories are born.
What if, suddenly, man would lose everything he had for granted?
What if, suddenly, man would lose everything he had for granted?
From the first book to the last (it’s a trilogy) the reader will know an alternative story of the universe and mankind. In my version of the history of the universe and humanity, things came up differently and the facts are slightly different. Warning: this does not make everything else a lie, simply the truth is another.
Notice how sometimes a little distortion of facts leads to certain consequences. Imagine consecutive small distortions that have occurred and are occurring for thousands of years.
Who are we? Where did we come from?
All we know is mere speculation, supported by scientific facts – you may say -, but also Galileo was condemned by the scientific facts of the time.
The question is made and rests here: What if all we know is not the truth?
The Trilogy answers this question.
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