sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Entrevista | Interview: Jackie Williams


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Jackie Williams é uma escritora do País de Gales, conhecida pelas suas histórias de terror. Mas se julga que ela apenas escreve histórias assustadoras, bem… está enganado. Ela tem um lado desconhecido, que poderá descobrir ao longo desta entrevista. Espero que goste!

Olá, Jackie! Pode apresentar-se a quem não a conhece?

Sou casada e tenho três filhos adultos e seis netos. Vivo no adorável País de Gales, no Reino Unido, e trabalho como prestadora de cuidados de saúde mental. Nos meus tempos livres gosto de caminhar, aprecio arte e mantenho-me em forma... quando consigo apertar a minha agenda, lol. Gosto de ver filmes de terror e estou sempre à procura daquele que pode realmente assustar-me.


O que a levou a tornar-se escritora?
Comecei a escrever depois de uma caminhada com o meu marido num inverno amargo. O mundo parecia outro planeta, com tudo gelado e nenhum movimento, embora a brisa fosse bastante forte e cortante. As árvores curvavam-se com o peso do gelo e os passarinhos estavam congelados nos ramos. Quando chegámos em casa, escrevi o meu primeiro poema. Enviei-o para a Arrival Press, que o publicou, e assim começou a minha escrita.

Quantos livros e contos publicou?

“A Feast Of Horror” (“Um Festim de Terror”), disponível na Eloquent Books, Amazon, Barnes & Noble; o livro infantil “Tori-Jean's Busy Day” (“O Ocupado Dia de Tori-Jean”), da Strategic Books e disponível para encomenda prévia; "Roadkill” e "Gerald's Car” ("O Carro de Gerald”), no Smashwords. Também integro as seguintes antologias: “Satan's Toybox: Demonic Dolls” (“A Caixa de Brinquedos do Diabo: Bonecas Demoníacas”); “Satan's Toybox: Toy Soldiers” (“A Caixa de Brinquedos do Diabo: Soldados de Brincar”) a ser lançado em breve e ambos disponíveis no Smashwords e Amazon; “Voices from the Beyond” (“Vozes do Além”) pelo grupo Book Junkies, disponível em breve. Também publiquei poesia e contos no Reino Unido através da Arrival Press.

Prefere escrever histórias curtas ou longas, apesar de ter escrito ambas?

Prefiro histórias curtas. Sou impaciente e gosto de terminar o que comecei, mesmo que demore toda a noite e o dia seguinte.

Escreve principalmente histórias de horror. Porquê esse género?

Terror e fantasmas sempre me estiveram no sangue (por assim dizer). Desde tenra idade o meu pai contou-me histórias de fantasmas, e se uma das histórias do meu pai não assustar, então nada o poderá assustar. Mas a minha escrita começou com poesia. Publiquei imensa poesia em livros, revistas, jornais, e até mesmo em teletexto na televisão. Escrevo poemas sobre vários assuntos. Creio que a poesia liberta os escritores de eventuais bloqueios; se me deparar com um, escrevo um poema acróstico e isso normalmente funciona. Publico poesia e contos há já algum tempo, mas um dos meus livros mais recentes é “A Feast of Horror” e está cheio de histórias de terror. Tenho alguns contos favoritos no livro, como “Emelia”, “Wonderfeed” e “Sophie Night”. Embora tenhamos gostos diferentes, creio que há uma história para todos dentro deste passeio assustador; o livro termina com uma boa porção de poemas assustadores. O livro publicado mais recentemente e que integro é “Satan's Toybox: Demonic Dolls”, em que a minha história “Forever Friend” (“Amigo para Sempre”) se junta a outras de excelentes escritores. Foi publicado pela Angelic Knight Press e recebi também a notícia de que vou ser incluída na sua nova antologia chamada "Satan's Toybox: Toy Soldiers”. Outra antologia é "Voices from the Beyond”, pelo grupo Book Junkies, e contém apenas histórias verdadeiras de fantasmas. Vou ser incluída nesta colectânea de pôr os cabelos em pé - às vezes a verdade é mais estranha do que a ficção. Tenho dois pequenos contos de terror publicados por mim mesma no Smashwords, nomeadamente “Roadkill” e “Gerald’s Car”; são apenas algo para ler antes de adormecer.

Como reagiu a sua família quando começou a escrever?

Quando comecei a escrever praticamente mantive a minha escrita para mim. Sentia que não era boa o suficiente e tinha medo que as pessoas fizessem troça ou dissessem coisas negativas. Mas quando disse à minha família, ficaram satisfeitos e apoiaram-me.

Que comentários tem recebido dos leitores até agora?

Sempre tive um feedback misturado, mas nada muito mau ou de destruir-me a alma, afinal de contas todos temos gostos e opiniões diferentes.

Qual foi a coisa mais difícil de ouvir?

A coisa mais difícil de ouvir de um editor foi “Desculpe, mas sua história precisa de muito trabalho para ascender a um padrão de publicação”. Isso pode ser esmagador depois de tanto trabalho. O sentimento com que se fica é o de que não se é bom o suficiente; acho que é muito melhor levar com um peixe molhado na cara!

Qual foi o melhor conselho que recebeu?

No início era membro de um círculo escritores (Tillery Writers Circle) e com eles encontrei a confiança necessária. Até subi a palco algumas vezes e li a minha poesia. Mais tarde juntei-me a um grupo online chamado Fanstory. Fanstory é um site excelente para a construção de confiança e para receber feedback livre sobre o seu trabalho. Gostaria de aconselhar os novos escritores a explorarem o site. O melhor conselho que alguém pode receber é: “não desista!”.

O que fez para conseguir que as suas histórias fossem publicadas?

Se as histórias são o seu forte, a melhor maneira de obter uma posição é inseri-las em colectâneas. É realmente difícil fazer o seu trabalho sair, mas numa antologia existem muitos outros escritores a sentir o mesmo, não está sozinho. Então, aprovado ou reprovado, continue a escrever. O meu livro “A Feast of Horror” foi publicado num negócio de 50/50. Paguei uma grande quantia de dinheiro para ser publicado. Na época era ingénua; desde então cresci e aprendi muito. O conselho que gostaria de compartilhar é: não pague para ter o seu trabalho publicado, a auto-publicação trará mais benefícios, a não ser, é claro, que encontre um editor genuíno que o apoie a 100%.

Está a trabalhar em algo de momento?

De momento estou a trabalhar numa novela/ romance. Não tenho certeza a qual pertencerá, isso depende da história. Adoro escrever!

Onde é que os leitores a podem encontrar?

Podem encontrar-me no Facebook e no Goodreads.
https://www.facebook.com/scruplesm?ref=pymk#!/profile.php?id=1664588497&sk=info
http://www.goodreads.com/user/show/5756702

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