quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A ler | Reading


Terminei ontem a leitura do livro "Grimsley Hollow: The Chosen One", de Nicole Storey-Bailey, e gostei bastante. Darei a conhecer a minha opinião aqui em breve, acompanhando a mesma de uma entrevista à autora.

I finished yesterday the reading of the book "Grimsley Hollow: The Chosen One", by Nicole Storey Bailey, and I really liked it. I'll let you know my opinion here soon; it will come along with an interview to the author.




De momento encontro-me a ler "Crónicas Obscuras: A Vingança do Lobo", de Vítor Frazão. Esta noite irei começar a ler também "The Eternal Series: The Eternal Gift", da autoria de Candy Crum.

Boas leituras a todos!


At the moment I'm reading "Crónicas Obscuras: A Vingança do Lobo" by Vítor Frazão. Tonight I'll star reading as well "The Eternal Series: The Eternal Gift", written by Candy Crum.

Good readings everyone!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Opinião| Review: “Ups! Engoli uma Estrela”, Adoa Coelho





No âmbito da rubrica de divulgação de trabalhos de novos autores, a segunda obra a merecer destaque é “Ups! Engoli uma Estrela”, de Adoa Coelho. Este é o primeiro livro da autora a ser editado e insere-se numa série composta por sete volumes.

SINOPSE “Ups! Engoli uma Estrela”
“Uma jovem descobre um dos segredos maiores da humanidade: não estamos sozinhos! Mas... Será que tudo não passa de um sonho? De um conto infantil? Pode aquele ser, invisível e sábio, realmente existir? Desde o primeiro amor, ao bullying, aos medos e às inseguranças de crescer e ser, vamos percebendo que somos feitos de luz e sombra e que estes reptos podem ser ultrapassados. As aventuras de uma adolescente dão o mote para a descoberta do ser. Começando por uma abordagem terrena no primeiro dos livros, logo se vai elevando, tanto nos caminhos fantásticos da imaginação, como nos conceitos de auto-ajuda leccionados pelos grandes mestres da actualidade.”

PEQUENA CRÍTICA
Terminei no dia 20 de Setembro a leitura deste livro e, no geral, gostei, pelo que lhe dou quatro estrelas numa escala de 1 a 5 =)
Trata de temas diversos, como o primeiro amor, o carácter das pessoas, o crescimento individual, o bullying, o elevarmo-nos e superarmos os nossos medos... E tudo isto com uma história à mistura.
Creio que distinguiria duas partes no livro: a primeira é a história propriamente dita e a segunda prende-se com a área das reflexões feitas.
Começando pelo primeiro ponto apresentado, a história aborda o dia a dia normal de uma rapariga adolescente, cujo mundo se cruza com o de um ser transparente e sábio, que... engoliu uma estrela. Não querendo ser spoiler, digo apenas que o rumo e o desfecho da história foram completamente inesperados e surpreendentes, o que é bastante positivo. Quem diria que iria acabar daquela forma? Ah, mas não acaba! Segundo a autora, esta é uma série composta por sete livros. Há que esperar pelo próximo para saber como continua.
Relativamente ao segundo ponto, as reflexões apresentadas fizeram-me lembrar tanto o livro "O Mundo de Sofia" de Jostein Gaarner como a "Aparição" de Virgílio Ferreira – "O Mundo de Sofia", na medida em que o ser invisível e sábio se assemelha ao professor que leva o conhecimento a Sofia, e "Aparição" no que concerne às reflexões sobre a vida e os pequenos detalhes que a compõem.
Recomendo a leitura deste livro =)

ENTREVISTA À AUTORA
1 – Olá, Adoa. Acabei agora de ler “Ups! Engoli uma Estrela”. É o teu primeiro livro a ser editado?
Olá, Rute! Sim, este é o meu primeiro livro a ser editado. Havia feito uma outra tentativa de escrever um livro, sobre o tema Bullying, mas ainda não estava preparada para o fazer. Acabei por abandonar o projecto. Com esta história voltei ao tema, que é recorrente em mim, mas com uma postura completamente diferente – sem dor e com soluções que vão ao fundo da questão.


2 – O que te levou a escrevê-lo?
A história partiu de um pequeno conto. Quando lido em casa, foi manifesto o desejo de saber mais sobre esse personagem. Como também eu fiquei curiosa e estava insatisfeita com o que sabia dele, porque nesta fase o personagem ainda era um dragão, fui em frente nesta aventura.

3 – O que pretendes transmitir com este livro?
Quando comecei o primeiro livro não fazia ideia do que ia escrever. Escrevi apenas, sem estar com muitas preocupações de organizar uma estrutura, enredo, etc. Fui escrevendo à medida que a história se apresentava. Por isso este primeiro livro é mais livre e cheio de aventuras. Os seguintes já são mais pensados e têm, cada um, um objectivo muito próprio. Sem querer levantar demasiado o véu, poderei dizer que existe toda uma evolução que a Rapariga terá de percorrer que é a minha, pessoal. Pretendo que este livro seja um portal para o nosso interior. Obviamente haverá muitos adultos e crianças que irão ler os livros de uma maneira mais superficial, e também é correcto.

4 – Sei que se trata de uma série. Por quantos volumes será constituída e o que podemos esperar do que se segue?
Mais aventuras! Os assuntos tratados são bastante sérios, mas não têm de ser expostos de uma maneira seca. Quanto mais atractiva for a embalagem, mais possibilidades há de passar a mensagem. No caso das crianças que estão a ler o livro na escola, a professora está a incentivá-los a pensar nas questões levantadas pelos personagens. O tipo de reflexão que estão a fazer é o que interessa acontecer. Serão sete volumes, se entretanto não mudar de novo! Já estava a terminar o terceiro e último livro, mas a história exige que trabalhe algumas questões com mais profundidade e tempo.

5 – Fala-nos das tuas influências literárias. Que géneros e de que escritores gostas?
Leio vários géneros literários. A minha influência principal é a ficção-científica e a literatura infanto-juvenil. Durante a juventude lia imenso Fernando Pessoa e Richard Bach. Fui resgatada para a literatura portuguesa através do Virgílio Ferreira, com “Aparição”. Até essa altura recusava os autores portugueses por serem demasiado descritivos. Adorava Fernando Pessoa, Camões e Gil Vicente, todos os outros recusava ler. Carl Sagan, Arthur C. Clark, Robert A. Heinlein, Asimov e Frank Herbert eram os meus pequenos deuses! A Joanne K. Rowling juntou-se a este grupo há uns tempos. Para mim, ela é um génio.

6 – De que forma aquilo que lês te influenciou na concepção deste livro?
Influenciam talvez pela maneira que visiono o Mundo à minha volta. Sempre gostei de observar tudo e todos – desde muito pequena. Gosto de trabalhar com analogias. Talvez aqui, neste livro, se note bastante a influência do “Fernão Capelo Gaivota”. Mas ultrapassa completamente isso. É a minha maneira de ser e expressar. Busco em mim um certo sentimento e só gosto de escrever depois de ter as histórias bem trabalhadas em mim. Gostei muito de fazer algumas referências a livros como “O Principezinho” e “A História Interminável”. Estou a descobrir o autor alemão Michael Ende para além da obra que todos conhecemos, e eu também já conhecia há anos, e estou deliciada. Quero ler tudo que exista dele.

7 – Quando escreveste “Ups! Engoli uma Estrela” tinhas já por objectivo publicá-lo ou começou por ser “apenas uma história”?
Era uma história como outras que já havia escrito antes. Mas este personagem... Havia qualquer coisa ali que puxou por mim. A curiosidade impediu-me de ficar por aí. Aquele ser, do livro, pegou em mim e nunca mais me largou! Fui com a história à Feira do Livro de Frankfurt e algumas ideias que já andavam na minha cabeça. Fui sentir o que os editores achavam e ganhei mais confiança para avançar. A experiência foi fantástica! Quando avancei para o formato de livro, a ideia era exactamente publicar.

8 – Conta-nos o que aconteceu desde o momento em que o escreveste até que o publicaste.
Bom!!! Aconteceram várias peripécias. Desde visitas à Feira do Livro de Frankfurt, a contactos com editoras portuguesas... O meu maior problema tornou-se escolher a editora correcta. Apenas recebi um “não” de uma editora conhecida. As outras exigiam comparticipação monetária e não me interessavam. Várias tentaram-me, mas sabia que uma especial havia de aparecer, com pessoas que dessem mais valor aos livros do que aos “valores” entre livros... Acabei por descobrir a “Edições Esgotadas” com uma Adão como directora. E claro, eu sendo Adoa, achei que seria esse o sinal que estava à espera! Estão a fazer um trabalho excepcional!

9 – E em termos de divulgação do teu trabalho no âmbito literário, o que tem sido feito?
A internet é a ferramenta principal. O Facebook está a ser a sede de operações. Foi nesta rede social que encontrei a editora, é aqui que estou a divulgar em grupos de leitura e escrita e a contactar blogues como o teu! A internet é indispensável hoje em dia para divulgar o nosso trabalho.

10 – Agora que a obra já é conhecida, é a vez de conhecer a escritora. Quem é a Adoa Coelho? Fala-nos um pouco de ti.
Complicado responder... Diria que sou uma pessoa numa procura constante de evolução. Cheia de medos, de sombras, mas que finalmente está a aceitar a sua luz. Estes livros são uma forma que tenho de trabalhar em mim várias questões. Se ajudar alguém neste processo, pois muito bem! Já nem estou preocupada com isso. Mesmo que não tivesse editora, sei que estaria a trabalhar no seguimento da história. É importante para mim. Uma vez, numa aula de filosofia, a professora perguntou se alguém na sala estava interessad@ em alcançar a sabedoria. Senti-me envergonhada (temos tod@s muita vergonha da nossa Luz...) e calei-me. Pois deixei de me calar. Pode parecer pretensiosismo, mas é o meu grande objectivo na vida – conhecer-me e ser sábia (se bem que ser sábia é um caminho).

11 – E onde te podemos encontrar?
O lugar mais directo para me encontrar é o Facebook, na página do livro.

Para quem tiver curiosidade em “cuscar” as histórias que deram origem ao livro, pode ir ao meu blogue:

O livro também já está no Goodreads, para surpresa minha!!! Foi uma amiga... :o)



domingo, 11 de setembro de 2011

Entrevista| Interview "Soberba Escuridão"


(English version available here)

Para dar início à rubrica de divulgação de trabalhos de novos autores, vou começar por “Soberba Escuridão”, de Andreia Ferreira. Este é um livro que li há cerca de um mês atrás e, tendo em conta que se trata da primeira obra da autora, creio que faz todo o sentido começar precisamente por aqui.

SINOPSE “Soberba Escuridão”
Quando o relógio pisca as doze horas intermitentes, Carla recebe no seu quarto uma visita indesejada. A partir daí, todo o seu mundo desmorona e a solidão e o medo encarregam-se de a arrastar para um estado deprimente que só um desconhecido parece compreender. Cega de paixão, nega as evidências de que o seu novo amor é mais do que um rosto angelical. Ele esconde segredos que a levarão para perigos que parecem emergir das profundezas do inferno.”

PEQUENA CRÍTICA
Devo confessar que o início me desmotivou; a leitura tornou-se lenta e quase perdi a vontade de continuar. No entanto, mais à frente a autora fez questão de provar que estava errada e que valia a pena prosseguir: o texto assumiu contornos mais interessantes e a leitura tornou-se mais fluida e fácil – digamos que se entrou na história propriamente dita e as coisas tornaram-se mais interessantes. Gosto particularmente do facto deste livro abranger diversos elementos do sobrenatural. Quando sair o próximo volume, tenciono comprá-lo, dado que gostaria de saber o que acontecerá em seguida!

ENTREVISTA À AUTORA

1 – Olá, Andreia! Para quem não te conhece, fala-nos um pouco de ti.
Tenho uns modestos 24 anos (ainda não completei um quarto de século) e sou licenciada em Línguas e Literaturas Europeias – Major Português, Minor Inglês na Universidade do Minho. Gosto de dizer que sou caranguejo porque, apesar de a astrologia não ter muita lógica, a leitura da personalidade do signo descreve-me. Sou viciada em fantasia medieval e urbana: a medieval abre uma brecha de nostalgia de vidas que não vivi e a urbana abstrai-me da dura realidade da vida e permite culpar outras criaturas das maldades do mundo.

2 – O que te levou a escrever livros?
Os livros escolheram-me (um pouco como os gatos escolhem os donos) muito cedo e a escrita apareceu mais ou menos ao mesmo tempo como uma forma de expressão. Escrevia poemas (infantis e com dramas de adolescente) e escrevia as chamadas “composições" com tanto afinco; o que para os meus colegas era um trabalho, era para mim um prazer. Inspirada pelos livros "Arrepios" escrevi um pequeno conto de cerca de 20 páginas com doze anos. O "Soberba Escuridão" surgiu como um hobbie que cresceu imenso.

3 – Foi difícil começar? Quais as maiores dificuldades que encontraste pelo caminho?
Começar foi fácil, extremamente fácil. O 1º capítulo saiu como espirro incontrolável e a criação da Carla, Ana, Raquel e Caael foi quase como se descrevesse pessoas reais de tão vivas que elas estavam na minha mente. O problema surgiu a meio onde precisei de desenvolver o enredo de tal forma que conseguisse surpreender no final. Escrevo o que gosto de ler, por isso dou bastante importância ao factor surpresa. O final foi um desafio! O que explicar? O que deixar por dizer para usar no próximo? Foram perguntas que me assolaram durante a construção dos últimos capítulos.

4 – E em relação às editoras nacionais, como procedeste? Certamente terás enviado o teu manuscrito para algumas delas. Como reagiram à tua obra e como se repercutiu isso em ti?
Cometi um erro enorme – remeti o manuscrito sem o corrigir. Erros de principiante.
Contudo, foram mais aquelas que se recusaram a receber trabalhos de novos autores do que aquelas que me deram a oportunidade de lhes mostrar o meu trabalho. "Não estamos a aceitar novos autores", "a altura não é propícia ao lançamento de novos nomes", etc. Foi desgastante e desmotivante. Comecei a receber respostas que me fizeram gargalhar, editoras que pediam valores exorbitantes para publicarem e outras que prometiam a divulgação que eu sabia que não iriam conseguir cumprir. A Alfarroba surgiu como uma lufada de ar fresco (adoro esta expressão, vocês não?) e crescer ao lado deles é algo que pretendo, pois são uma equipa esforçada e competente. Gosto muito de trabalhar com pessoas ambiciosas e que querem vencer com qualidade (e não quantidade) neste mundo "cão".

5 – Onde foste buscar a tua “inspiração” para escreveres “Soberba Escuridão”?
Naquilo que gostaria de ler. Por exemplo, lia um livro e dizia que queria ver aquilo de uma forma, depois achava aquele momento demasiado lamechas e etc. Decidi criar a minha própria história e desafiar a minha imaginação e o meu conhecimento sobre o sobrenatural. Também me inspiro em mim. Procuro os meus medos para incutir medo e as minhas fraquezas para criar as cenas mais românticas. Contrario as minhas decisões e ponho as personagens a agir exactamente da maneira oposta à que eu reagiria.

6 – É um livro único ou faz parte de uma série?
Segundo o esboço que tenho, o dito esqueleto do enredo, a "Série Soberba" será uma trilogia.

7 – E já te encontras a trabalhar no próximo livro?
Sim. O segundo volume já está a ser compilado com afinco sempre que o tempo e a minha imaginação me permitem.

8 – Queres desvendar-nos um pouco sobre o que tratará?
Posso dizer que está mais profundo e mexe mais com o psicológico do que o primeiro volume. Sinto que irá deixar muita gente de queixo caído! Eheheheh...

9 – Queres deixar alguma mensagem a quem se pretenda aventurar no mundo literário na qualidade de escritor?
Persistência; estar receptivo às críticas CONSTRUTIVAS (há quem critique sem saber o que argumentar em sua defesa); atenção às propostas manhosas e ter em mente que "NÃO SE PODE AGRADAR A GREGOS E A TROIANOS" ou "NEM DEUS, QUE FOI DEUS, AGRADOU A TODA GENTE". Com isto quero dizer para não desanimarem se alguém não gostar.

10 – Onde te podemos encontrar?
Os meus contactos são:


Facebook blog e "Soberba Escuridão":

Goodreads: